O principal personagem é Truman Burbank (Jim Carrey), um homem comum da cidade de Seahaven que vive dentro de um mundo cinematográfico, vigiado 24 horas, sem ter consciência do fato.
Esse “reality show” da vida de Truman é criado e comandado por Christof (Ed Harris), que cria um estudo gigantesco tomando uma pequena ilha, com um domo onde ele controla até o tempo (dia e noite), e o clima. Todos ali são atores, menos Truman, para quem nunca revelaram o fato de estar num “reality show” desde seu nascimento. E o desenrolar da trama é a tomada de consciência de Truman a esse respeito.
Do lado de fora dos estúdios, todos acompanham a “estória” da vida de Truman, mas uma pessoa, Sylvia (Natascha McElhone), que foi uma coadjuvante do show, tenta revelar a verdade a ele na época que ele está cursando a faculdade, sendo expulsa do programa por isso.
O tema central do filme é o domínio da televisão sobre a vida das pessoas. No caso de Truman existe uma dominação direta, onde um estúdio de televisão controla tudo o que acontece com ele e tudo o que faz.
Mas existe o controle indireto, que é aquele sobre os espectadores, fascinados pelas produções televisivas que fundem emoção e realidade, gastam grande parte de suas próprias vidas acompanhando a vida dos artistas de TV, interessando-se pelo que é veiculado por seus programas favoritos e comprando produtos que a propaganda de TV “vende” em comerciais bem elaborados e criativos.
A falta de senso crítico para perceber a manipulação das mídias sobre a cultura popular faz das pessoas, de certa forma, “Trumans”, presos a uma realidade inventada, e com isso, aqueles que a criam, controlam suas vontades, interesses e pensamentos.
O espectador atento; “o Truman do final do filme, já consciente do mundo à sua volta”; reflete sobre o que assiste, preocupa-se com a mensagem que o programa está passando, pondera sobre o tempo que gasta assistindo programas de entretenimentos, e busca dosar seu tempo de TV com programas educativos.
No caso de Truman, está exposta a questão moral e ética sobre o controle da televisão pelos interesses comerciais. As emissoras de TVs que só produzem programas de entretenimento não auxiliam na construção da cidadania. Visando mobilizar o interesse da população para o sua realidade ficcional, de astros de TV, agride os direitos das pessoas da liberdade de escolha.
Muitos temem um controle sobre a programação, com medo da censura, que priva de liberdade de expressão, mas exigir que as emissoras de tv produzam mais programas educativos, é um direito da população, e mobilizar leis para isso, traria transformações positivas na sociedade, libertando muitos “Trumans” da alienação.
Referencia Bibliográfica:
Acessado em: 5/9/2010. Disponível em: (http://pt.wikipedia.org/wiki/The_Truman_Show)
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